sábado, 1 de agosto de 2009

Queima de 2 bilhões de reais

Revista Veja

Lauro Jardim

O total de gás natural produzido e não utilizado pela Petrobras em junho foi de 9,2 milhões de metros cúbicos por dia. Parece muito, e é. Para que o leitor possa mensurar, seguem três informações relevantes. Primeiro, é quase o dobro de um ano atrás. Em segundo lugar, em dinheiro essa diferença significa um desperdício de cerca de 5 milhões de reais por dia - ou 2 bilhões de reais por ano. Finalmente, na Noruega, esse desperdício de gás é zero. E a Petrobras ainda paga royalties pelo gás que queima. Prejuízo para o acionista e para a União.

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TCU e MPF investigam uma dúzia de denúncias com foco direto ou indireto em Sarney

Correio Braziliense

Marcelo Rocha
Ricardo Brito

Sem qualquer alarde, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu processo para apurar as suspeitas de desvio de recursos pagos pela Petrobras à Fundação José Sarney. Entre 2005 e setembro do ano passado, a entidade recebeu R$ 1,34 milhão da estatal para tocar projetos de preservação e recuperação de acervos bibliográficos e museológicos da entidade. A investigação iniciada pelo tribunal é uma das mais recentes de uma série de apurações oficiais que têm como foco direto ou indireto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O Correio encontrou pelo menos 12 frentes de trabalho (veja quadro) abertas pelo TCU (1)e pelo Ministério Público Federal desde fevereiro, mês em que o peemedebista assumiu o comando da Casa com o discurso da conciliação e da austeridade.

O processo para investigar as contas da Fundação Sarney, que tem o presidente do Senado como patrono, está na 9ª Secretaria de Controle Externo do tribunal, responsável pelo Maranhão. O caso chegou a passar pelo gabinete do presidente do tribunal, Ubiratan Aguiar, mais ainda não tem ministro designado para relatá-lo. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, ao menos R$ 500 mil das verbas transferidas pela Petrobras à entidade teriam sido desviados para firmas fantasmas e empresas do senador eleito pelo Amapá. Coincidentemente, os procuradores da República no Maranhão, estado onde funciona a sede da fundação, já investigavam as denúncias. Sarney alega não ter responsabilidade pela entidade.

O TCU tem processo para apurar a evolução patrimonial do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, acusado de ocultar mansão avaliada em R$ 5 milhões no Lago Sul. O servidor também entrou na mira do MPF, que tentou bloquear na Justiça, sem sucesso por enquanto, os bens do funcionário. No cardápio dos ministros do tribunal há espaço, ainda, para supostas irregularidades no pagamento de horas extras a servidores em pleno recesso parlamentar e na administração da folha de pagamento do Senado.

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O desembarque de Lula

O Estado de São Paulo

Palavras de políticos, em geral, são gêneros sabidamente perecíveis. Mas, na cena brasileira, nenhum deles se compara ao presidente Lula na sem-cerimônia com que nega hoje o que dizia ontem. Na sua defesa do presidente do Senado, José Sarney, ele atravessou todos os sinais de prudência. Proclamou, coroando a sua trajetória de acomodação a tudo que outrora condenava, que Sarney não pode ser tratado "como se fosse uma pessoa comum". Não menos espantosamente, advertiu o Ministério Público a pensar "na biografia de quem está sendo investigado" e, num daqueles arroubos de quase-lógica que trazem a sua marca, ensinou que "uma coisa é matar, outra coisa é roubar, outra coisa é pedir emprego, outra é fazer lobby".

Durante um mês e meio, em suma, assumiu de corpo e alma o patrocínio do oligarca acossado por acusações uma mais devastadora que a outra - e até por flagrantes de ações indecorosas. Incapaz de pressentir que o aliado desceria inexoravelmente a ladeira, interferiu às escâncaras nos assuntos internos do Senado, como se fosse uma extensão do Executivo, e não hesitou em usar o tacape para enquadrar a bancada petista, favorável a que Sarney se licencie do cargo, culminando com a desqualificação ostensiva do seu líder Aloizio Mercadante. Mas, quando finalmente caiu a ficha de que perdeu a parada, desembarcou com os mesmos estrépito e desrespeito pela memória do público que já lhe serviram para se desvencilhar de companheiros caídos em desgraça, como os ministros José Dirceu e Antonio Palocci.

"Não é problema meu", afirmou numa entrevista, na quinta-feira, a uma pergunta sobre o destino do político a que se atrelara para não correr riscos na CPI da Petrobrás, controlar a agenda de votações no Senado e trazer o PMDB inteiro à candidatura Dilma Rousseff. "Não votei no presidente Sarney para ser presidente do Senado. Nem votei nele para ser senador no Maranhão", reiterou, no limite da deselegância (e confundindo o Estado com o Amapá). "Então, quem tem que decidir se o presidente Sarney tem de ficar na presidência do Senado é o Senado, não eu." Naturalmente, ele não tem a mais remota intenção de acompanhar a distância os desdobramentos da crise e o inevitável afastamento de Sarney. Nenhum outro presidente, no seu lugar, se omitiria. Mas outros talvez não mentissem com tanta desfaçatez sobre as suas intenções.

Leia o editorial em Opinião

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Interferência de Lula na crise do Senado foi a mesma da CPI

Sem nenhum constrangimento, ou surpresa para muitos, o presidente Lula mudou o discurso e retirou, de forma inquestionável, o apoio político que vinha sustentando o senador José Sarney (PMDB-MA), na presidência do Senado.

"A falta de solidariedade política do presidente é inadmissível, mas é usual. Não é a primeira vez, há vários outros exemplos, e não será a última", lamenta o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

O senador Álvaro Dias (PR), também membro da CPI da Petrobras, lembra que o grau de interferência de Lula na crise do Senado e na defesa de Sarney foi o mesmo que o governo federal praticou contra a instalação CPI.

Segundo o autor do requerimento para criar a Comissão, ao tirar o apoio a Sarney, Lula agiu com vistas apenas aos seus interesses e às eleições de 2010. "O presidente, orientado por pesquisas de opinião pública, recuou e diz agora que crise é problema do Senado. Ele interferiu indevidamente, agora cede", destaca Dias.

Recuo

A declaração de Lula, na quinta-feira (31.07), foi feita pouco tempo depois de dizer que Sarney não poderia ser tratado como uma pessoa comum e que deveria ter uma biografia respeitada.

"Não é um problema meu (a permanência de Sarney). Eu não votei para eleger Sarney presidente do Senado, nem votei para senador no Maranhão”, disse o presidente. Esquecendo que, embora maranhense, Sarney foi eleito pelo Amapá.

Para o líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM), o movimento de afastamento de Sarney é uma ação típica de Lula. "É do estilo dele. Resolveu ficar com a sua popularidade e largou o homem ao mar”, criticou.

O senador Tasso Jereissati (CE) também condena a ação do presidente no Senado. “A crise poderia estar resolvida se não fosse a interferência quase que autoritária do Lula junto ao PT, quando parecia que o próprio presidente Sarney estava, há dois meses, disposto a sair. Naquela oportunidade o próprio presidente Lula deu uma enquadrada no PT.”

Na Câmara dos Deputados, segundo a avaliação do líder da bancada, deputado José Aníbal (SP), a atitude de Lula “dá uma excelente oportunidade para o PMDB reavaliar sua aliança com o governo federal”. Para o líder, “até pouco tempo atrás o presidente rugia na defesa de Sarney, agora apenas mia, como um gatinho”.

Governo quer dissociar Sarney da CPI da Petrobras

Da Redação, com Band News FM

Líderes governistas estudam formas de impedir que a CPI da Petrobras se torne um espaço para mais denúncias envolvendo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A investigação sobre a estatal começa, em tese, na semana que vem, assim como a que diz respeito ao presidente do Senado. Por isso, os aliados já avisam a base: querem separar os dois assuntos até para que um não contamine o outro.

O problema é que para a oposição os temas são indissociáveis. A primeira reunião está marcada para a próxima quinta-feira (6). Além da questão dos patrocínios, a oposição pretende investigar o suposto aparelhamento político na Petrobras.


Mar de patrocínios

Folha de S. Paulo- Painel

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br

Suspeito de comandar uma empresa fantasma ligada à família Sarney, o produtor Fábio Gomes já trabalhou em campanhas do hoje ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e atuava em Brasília na captação de recursos de estatais para projetos culturais usando o nome do presidente do Senado como cartão de visita. Foi assim que o seu CBPC (Centro Brasileiro de Produção Cultural) obteve patrocínio para rodar "O Dono do Mar", adaptado do romance homônimo de José Sarney, apoiado por Eletrobrás (R$ 600 mil), Furnas (R$ 400 mil), BNDES (R$ 400 mil), Petrobras (R$ 300 mil) e Banco do Nordeste (R$ 250 mil). Na estreia, em São Paulo, "Fabão" comentou, sobre o sucesso com patrocínio: "O prestígio do Sarney ajudou".

Gourmet

No período em que obteve apoio de gigantes estatais para o filme, "Fabão" ainda conseguiu mais R$ 173 mil (R$ 59 mil da Petrobras) para editar exemplares de "Pecados da Gula", sobre a culinária maranhense.

Bolada

Neste mês, o Ministério da Cultura desarquivou um processo que prevê repasse, aprovado pela pasta, de R$ 4,5 milhões ao Instituto Mirante, dirigido por Fernando Sarney. O parecer dos técnicos constatou que o projeto de apoio a "espetáculos e oficinas maranhenses" estava superestimado em R$ 1 milhão.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Patrocínios da Eletrobrás à família Sarney também apresentam problemas

O Instituto Mirante, presidido pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney, recebeu R$ 220 mil da Eletrobrás para financiar projetos culturais no Maranhão, com base na Lei Rouanet.

Mas, auditores do Ministério da Cultura perceberam que parte dos gastos declarados não confere com os extratos bancários da entidade. Além disso, pelo menos R$ 116 mil - o equivalente a 52% do dinheiro captado - foram parar em contas de outras empresas ligadas à família Sarney.

O processo do Instituto Mirante se arrasta desde 2005, quando a ong foi autorizada a captar R$ 4,32 milhões em dinheiro de renúncia fiscal, conforme mostra o jornal O Globo.

Esta é a segunda entidade ligada à familia a apresentar problemas em aplicações de recursos oriundos de empresas estatais. A primeira foi a Fundação José Sarney, que tem como presidente vitalício o próprio patriarca.

As contas da instituição foram reprovadas pelo Ministério Público por suspeita de desvio de recursos destinados à recuperação do acervo da Fundação. Essa suspeita inclusive, é parte das três representações que o PSDB fez, no último dia 28, ao Conselho de Ética do Senado.


Leia mais http://www.oglobo.com.br/
http://www.psdb.org.br/

NOSSOS LEITORES: "PETROBRAS DEMITE INDEVIDAMENTE"

On Jul 30, 2009, brsbruno wrote:

Neste último dia 29/05, por uma ordem da Petrobras, 40 funcionários foram demitidos indevidamente da Alvo Distribuidora de Combustíveis, empresa esta criada para assumir os ativos da Ipiranga na Região Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Todos estes funcionários eram da Ipiranga e a alegação da Petrobras é que não poderiam ser absorvidos.

A demissão foi decidida em um dia e a demissão no outro. Não tinhamos nenhum rumor de acontecer demissões, pelo contrário, todos os demitidos já estavam bem designados para os cargos dentro da BR. As demissões ocorreram após o anúncio da criação da CPI da Petrobras, eles mandaram embora pra tentar esconder alguma coisa.

A única justificativa para a demissão foi de que não precisavam dos funcionarios, mas no meu caso, eu ia ser transferido de cidade, outros já haviam sido transferidos, com esposas pedindo demissão na cidade para ir com o marido para aonde ele foi transferido.

Foram promessas não cumpridas, eles nos iludiram com mensagens, emails e reuniões, e na hora H, mandam-nos embora, como se fossemos cachorros no meio da rua. Uma verdadeira humilhação profissional. Estou disposto a dar mais esclarecimentos se for o caso. Nos ajude. Obrigado

Memória da CPI: Petrobras teria sérios problemas de liquidez

“Na semana passada, depois de encerrado o pregão da Bolsa de Valores, encerrados os horários de envio de notícias para os jornais, encerrado mesmo o horário de início do Jornal Nacional, recebemos notícias de que a Petrobras- empresa orgulho de todos nós brasileiros, empresa historicamente ligada ao progresso do Brasil, estaria apresentando, apesar da propaganda em contrário, sérios problemas de liquidez, sérios problemas de caixa.

Quero ressaltar que, em nenhum momento, fiz nenhuma acusação ou sequer suspeita ou insinuação de que a Petrobras estaria quebrada. Ao contrário, eu levantei, com toda a transparência que o assunto deve ser tratado, que evidentemente uma empresa do porte, dos recursos da Petrobras, não estava quebrada. No entanto, aparentemente, estava com seu caixa arrebentado, o que trazia sérias implicações, já que corriam também conversas de que a Petrobras estaria atrasando o pagamento de seus fornecedores e que esse indício de que ela sofreria sérios problemas de caixa, de liquidez, foi confirmado quando soubemos que a Petrobras, em regime de urgência, teria recorrido à Caixa Econômica Federal para um empréstimo inusitado de R$ 2 bilhões.

Para se ter idéia do que significa para a Caixa Econômica Federal R$ 2 bilhões, só para a habitação, em todo o Nordeste brasileiro, até o momento daquele balanço, para todo o Nordeste foi aplicado R$ 1,3 bilhão. Esta que é a finalidade precípua da Caixa. E, numa operação só, ela fez uma operação de capital de giro para a Petrobras. Não foi empréstimo para investimento, não foi empréstimo para aquisição; foi empréstimo para capital de giro, ou seja, para o dia-a-dia da companhia, que estava sem caixa, portanto, para enfrentar o seu próprio dia-a-dia”.

Trecho do pronunciamento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) no dia dois de dezembro de 2008.



Perigo à vista para o futuro do pré-sal

O Estado de S. Paulo

David Zylbersztajn*

Dia vai, dia vem, e o tema do pré-sal volta ao noticiário com novidades, especulações sobre alguma coisa que se manifesta como uma espécie de sebastianismo salvador, dada a enorme expectativa criada em torno da descoberta de expressivas reservas de petróleo.

A subjetividade do termo "expressivas" é adequada ao conceito econômico de reservas. Ou seja, o petróleo só é viável se o custo de extração, processamento e transporte para o mercado consumidor for menor do que esse mercado está disposto a pagar.

Em outros termos, enquanto não soubermos quanto vai custar esse novo petróleo, será impossível conhecer a dimensão exata da riqueza que poderá proporcionar ao País.

Três desafios se impõem nessa etapa: 1) tecnológico, por causa das características geológicas e da profundidade na qual se encontra o óleo, que, seguramente, será superado pela reconhecida competência técnica da Petrobrás; 2) logístico, por causa das enormes distancias das descobertas em relação à costa; 3) financeiro, pois, se confirmados os volumes de reservas, as necessidades de capitais será de um volume monumental, podendo alcançar a US$ 1 trilhão para que seja disponibilizado o produto.

Diante dessas incertezas, a única certeza é que, para essas descobertas feitas pela Petrobrás e diversas outras empresas, foi decisivo o papel da Lei 9478/97, conhecida como Lei do Petróleo, que flexibilizou o monopólio da União, permitindo a entrada de novos agentes no processo de exploração do petróleo nacional. Gostem ou não alguns, a lei é um sucesso. E, como a lei é um sucesso, querem mudar a lei.

E aí começa o festival de absurdos: sem saber exatamente quanto do petróleo será efetivamente convertido em reservas (o que só ocorrerá daqui a alguns anos), o governo sinaliza a alteração do modelo de concessões.

No modelo atual, o Estado, por meio da Agência Nacional do Petróleo (ANP), controla o processo produtivo, cobrando as taxas e impostos decorrentes da produção, que vão diretamente para os cofres do Tesouro Nacional para serem distribuídos, segundo normas legais, para Estados, municípios e órgãos da União.

David Zylbersztajn é ex-presidente da ANP, professor da PUC e dono da DZ Negócios com Energia

O pré-sal e a lei

O Estado de S.Paulo

Editorial

O governo mostra-se decidido a privilegiar a Petrobrás na exploração dos campos de petróleo do pré-sal, segundo revelou a ministra Dilma Rousseff. O problema, como alertam juristas e especialistas na regulação do setor, é fazer isso sem atropelar a Lei do Petróleo e a Constituição.

No modelo atual - de concessão -, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) faz licitações anuais das áreas promissoras em petróleo, recebendo ofertas de empresas privadas ou de economia mista, inclusive a Petrobrás. Os vencedores têm direito de explorar as reservas e vender o petróleo encontrado no mercado.

Para a área do pré-sal, as regras serão diferentes. Em vez de concessão, o modelo será o de partilha. O governo criará uma estatal que distribuirá áreas sem licitação e venderá o petróleo extraído, remunerando a empresa exploradora.

Promotoria reprova conta da Fundação Sarney

Folha de S. Paulo

Do enviado a São Luís

Relatório do Ministério Público do Maranhão aponta irregularidades na aplicação de R$ 2,4 milhões recebidos pela Fundação José Sarney, em São Luís, de 2004 a 2007. A quantia corresponde às verbas repassadas à entidade pela Petrobras em 2005, pelo governo do Maranhão e pela Fundação Filantrópica Safra em 2004.

A promotora de Justiça Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf reprovou as contas da fundação nesta semana e anunciou que quer intervenção na entidade para destituir todos os diretores e conselheiros. Eles são ligados ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fundador da entidade. O objetivo da intervenção é "sanar as contas". Elouf afirma que tenta um acordo com os dirigentes. Caso recusem o afastamento, ela entrará com ação na Justiça para destituí-los. São integrantes do conselho o filho de Sarney Fernando Sarney, o irmão Ronald e o genro Jorge Murad, marido da governadora Roseana (PMDB-MA).

A Petrobras repassou R$ 1,34 milhão de 2005 a 2008 para a fundação recuperar o acervo. Desse total, R$ 1,078 milhão caiu na conta da entidade em 26 de dezembro de 2005. Cinco dias depois, R$ 975 mil foram aplicados em CDB/RDB.


MP pede na Justiça R$ 100 milhões à Petrobras por suposto assédio coletivo

Estatal nega prática de assédio moral a empregados na Bahia.

A ação foi devidamente contestada, informou empresa.

Mariana Oliveira

Do G1, em São Paulo

O Ministério Público do Trabalho na Bahia pede multa de R$ 100 milhões para a Petrobras por suposta prática de assédio moral coletivo em uma ação civil pública em tramitação na Justiça do Trabalho de Salvador. Por meio da assessoria, a estatal negou a ocorrência de casos de assédio em unidade da empresa na Bahia.

O MP ingressou com a ação em abril, depois de um ano e meio de investigações. No último dia 15, foi realizada a primeira audiência do processo. De acordo com a assessoria da Justiça do Trabalho da Bahia, o processo continua em tramitação, mas não há definição sobre a data da próxima audiência.

Na primeira audiência, de acordo o procurador Manoel Jorge e Silva Neto, a Petrobras teria dito que as acusações seriam "políticas". Segundo ele, uma comissão de trabalhadores de unidades da Petrobras na Bahia procurou o Ministério Público do Trabalho há cerca de dois anos para narrar casos de "abuso de poder e manipulação perversa" por parte de superiores imediatos.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões para a Petrobras

Oposição questiona: financiamento é resultado de má gestão

“Por mais que a Petrobras se esforce em convencer a todos que faz uma boa gestão, o financiamento que assinará amanhã com o BNDES mostra que as coisas não são bem assim”, comentou há pouco ao blog o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) ao desembarcar em Curitiba rumo à Maringá para cumprir agenda política.

Autor do requerimento que criou a CPI, em maio, o vice-líder do PSDB no Senado considerou “estranho” o repasse de verbas, “ainda mais de porte tão vultoso – 25 bilhões”. Alvaro Dias salientou, no entanto, que não há nada de errado em emprestar à estatal, mas que o valor chama a atenção. E acrescentou: “isto- o financiamento, é uma consequência do que a CPI vai investigar, que é a má gestão da empresa”.

Memória

Assim que a informação sobre o empréstimo circulou, em novembro de 2008, a oposição questionou o governo sobre o repasse de recursos do BNDES à Petrobras. As explicações não foram dadas. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse tratar-se de “um movimento muito importante feito por setores do governo com recursos públicos e com pouca transparência" e acrescentou: “a Petrobras vive uma crise de caixa”.

Em maio deste ano, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou requerimento criando a CPI da Petrobras. Agora, a imprensa anuncia que será oficializado amanhã (30) o repasse de verba do BNDES para a estatal, no valor de R$ 25 bilhões, com a presença de Lula.

AINDA A INTIMIDAÇÃO DO JORNALISMO

Blog do Reinaldo Azevedo

Sobre o último post da madrugada, aquele em que destrincho o método do complexo PTtrobras de intimidação de jornalistas, muita gente pergunta por que entrar nesse debate. Em primeiro lugar, porque aquilo que aponto é verdade demonstrável. Em segundo lugar, e não menos importante, porque, no dia em que só restar em pé a imprensa a serviço do poder, a democracia já terá ido para o brejo, ainda que sua morte não se dê por um ato de força.

Aliás, este é o espírito dos novos tempos. Os observadores atentos têm de começar a se preocupar é com esta nova realidade, que já tomou corpo na América Latina e, por incrível que pareça, começa a contaminar democracias sólidas da Europa e, evidentemente, Estados Unidos. Qual nova realidade? A SATANIZAÇÃO DA DIVERGÊNCIA.



Ministério Público reprova contas da Fundação Sarney e decide intervir

O Estado de S. Paulo

Auditoria nas contas de 2004 a 2007 apontou até repasse de verba da Petrobras para aplicações bancárias

Rodrigo Rangel

O Ministério Público Estadual do Maranhão reprovou as contas apresentadas pela Fundação José Sarney entre 2004 e 2007 e decidiu intervir na entidade, que tem como presidente vitalício o senador José Sarney (PMDB-AP). Auditoria nas prestações de contas descobriu até que parte da verba repassada à fundação pela Petrobrás acabou virando investimento: foi parar em aplicações bancárias. Por causa das irregularidades, o Ministério Público vai indicar representantes para o conselho curador e para a diretoria executiva da fundação.

Ao Estado, a promotora Sandra Mendes Alves Elouf, titular da Promotoria Especializada em Fundações e Entidades de Interesse Social de São Luís, afirmou que a decisão tem por base as irregularidades detectadas pela auditoria. Encarregado de fiscalizar as fundações com sede em São Luís, o órgão iniciou a auditoria ano passado.

Petrobras admite que pré-sal não tem 100% de sucesso exploratório

Valor Econômico/Online

A Petrobras admitiu em nota que os poços perfurados no pré-sal brasileiro não tiveram 100% de sucesso exploratório. De acordo com nota divulgada pela empresa, a taxa de sucesso para a presença de hidrocarbonetos foi de 87% para 30 poços perfurados na região, enquanto 100% de sucesso acontece apenas quando são consideradas as 11 perfurações feitas pela companhia no pré-sal da Bacia de Santos.

Segundo matéria publicada hoje no Valor Econômico, de 28 poços perfurados no pré-sal brasileiro, 9 se mostraram secos ou classificados como produtores subcomerciais de petróleo ou gás, o equivalente a 32% do total.

Clique aqui para ler na íntegra

BNDES assina com Petrobras seu maior financiamento na 5a feira

Agência Reuters/Brasil Online

Cinco meses depois de ter sido anunciado, o financiamento de 25 bilhões de reais do BNDES para a Petrobras será assinado na próxima quinta-feira com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O maior empréstimo já feito pelo banco será utilizado nas necessidades deste ano do Plano de Negócios da estatal, que no período 2009-2013 prevê investimentos de 174,4 bilhões de dólares.

A empresa conta ainda com mais 10 bilhões de dólares do BNDES no ano que vem.

(Por Denise Luna)

Clique aqui

terça-feira, 28 de julho de 2009

Petrobras retoma conversas para parceria com PDVSA em refinaria

Agência Reuters

A Petrobras retomou as negociações com a Venezuela para uma parceria na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, mas um acordo final só deverá acontecer em setembro, quando está previsto o encontro entre os presidente dos dois países, informou a Petrobras nesta terça-feira.

As conversas foram reiniciadas pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que esteve no país vizinho na segunda-feira em encontro com o presidente daquele país, Hugo Chávez, e executivos da estatal PDVSA.

Memória da CPI: É preciso mostrar seriedade

“O governo não está querendo destruir a Petrobras. A oposição não está querendo destruir a Petrobras. A oposição quer tapar a sangria da corrupção na Petrobras. Nós estamos inventando alguma coisa? Nós não estamos inventando absolutamente nada! São os dados que comprovam. O Tribunal de Contas da União manda um relatório para esta Casa, mostrando quais são os órgãos que estão cometendo irregularidades. E, aí, nós temos que cruzar os braços! E a população brasileira vai chamar o Senado de quê? É por isto que esta Casa vive desmoralizada: porque não age, porque não faz, porque alguns não deixam que se mostre ao povo a nossa seriedade!”

Senador Mário Couto (PSDB-PA) em pronunciamento no dia 19 de maio de 2009.

Petrobras precisa conter oba-oba do pré-sal

Míriam Leitão, na CBN

A Petrobras divulga com muito estardalhaço as descobertas de petróleo na camada pré-sal (águas ultraprofundas), mas se cala quando as notícias são ruins.

Um reportagem do jornal "Valor Econômico" desta segunda-feira mostra que 32% dos poços perfurados no pré-sal das bacias de Santos e Campos pela Petrobras e seus parceiros são pouco viáveis.

Um dos poços, o Corcovado 1, foi perfurado pela parceira BG. O poço foi classificado como seco na Agência Nacional de Petróleo (ANP). Mas a Petrobras e a BG anunciaram a descoberta de "indícios de hidrocarboneto" em 8 de abril.

As informações sobre o pré-sal precisam ser apresentadas ao público de forma mais serena, sem esse oba-oba. A Petrobras tem também que divulgar as notícias ruins. Ela não pode ficar apenas no site da ANP, onde ninguém acessa. Elas precisam ser colocadas para o público.


Protemp atua na comunicação da Petrobras

Folha de S.Paulo

Fernando Barros de Mello

Empresa, que recebeu R$ 203,1 mi da estatal desde 2003, tem 336 terceirizados na petrolífera, entre eles um ex-segurança de Lula

Petrobras diz que contratos são regulares; oposição na CPI afirma que vai requerer documentos sobre toda a operação desses acordos

A grande atuação da Protemp, empresa de terceirização de mão de obra de Santo André (ABC Paulista) que recebeu R$ 203,1 milhões da Petrobras desde 2003, é na área de comunicação. Dos atuais 336 empregados da empresa na estatal, 183 estão nessa área.

Ontem, a Folha revelou que a Petrobras fez pagamentos a três CNPJs de empresas de nome Protemp. Elas ficam em Santo André, no mesmo endereço. Pelo menos duas dessas empresas constam atualmente da Lista de Dívida Ativa da União, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

Segundo a Petrobras, até o último contrato, de outubro de 2008, a documentação estava em ordem. Mas afirmou também que houve pagamentos feitos até junho de 2009. Petrobras e a Protemp não repassaram a lista dos terceirizados da empresa que atuam na estatal. Um dos contratados pela empresa para o setor de comunicação é José Carlos Espinoza, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Oposição quer apurar tráfico de influência na CPI

A oposição na CPI da Petrobras quer investigar se conselheiros da estatal se beneficiaram com informações privilegiadas ou usaram o próprio cargo para firmar contratos com a companhia.

Para apurar se houve prática de tráfico de influência, senadores do DEM e do PSDB se preparam para analisar os contratos da Petrobras com instituições ligadas a integrantes dos conselhos de Administração e Fiscal.


No pré-sal, 32% dos poços abertos são pouco viáveis

Valor Econômico

Cláudia Schüffner, do Rio

Nove dos 28 poços perfurados no pré-sal estão secos ou são classificados como produtores subcomerciais de petróleo

Dos 28 poços já perfurados no pré-sal das bacias de Santos e Campos pela Petrobras e suas parceiras, 9 (32%) mostraram resultados pouco animadores: secos ou classificados como produtores subcomerciais de petróleo ou gás. As informações sobre o que a estatal encontrou - ou não encontrou - em cada um dos poços perfurados são públicas e podem ser consultadas no site do Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) da Agência Nacional do Petróleo. Apesar de públicos, esses dados sobre o sucesso ou insucesso das perfurações não foram oficialmente informados ao mercado.

Um dos poços registrados no banco de dados foi perfurado pela BG e é denominado Corcovado 1 (6BG6P-SPS). Foi classificado no site como seco e sem indício de petróleo, mas a inglesa BG e a Petrobras anunciaram a descoberta de "indícios de hidrocarbonetos" em 8 de abril. A área também foi apresentada pela Petrobras durante a Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, em palestra sobre a província do pré-sal onde foram apontados os poços perfurados na área.

CPI: oposição quer dados de MP e TCU sobre Petrobras

Agência Estado

Carol Pires

BRASÍLIA - A estratégia da oposição na CPI da Petrobras, durante as primeiras semanas de agosto, quando os senadores do Conselho de Ética estarão analisando uma possível abertura de processo contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), será pressionar a base governista para aprovar os requerimentos que pedem informações sobre a estatal no Ministério Público (MP) e no Tribunal de Contas da União (TCU). As convocações importantes ficariam para um segundo momento, quando a crise no Senado estiver arrefecendo.

De acordo com o senador Alvaro Dias (PR), vice-líder do PSDB e autor do requerimento de criação da CPI, o ideal será que pessoas importantes para a investigação, como os presidentes da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, sejam ouvidas em depoimento apenas depois que os senadores receberem e analisarem com atenção os documentos requeridos ao TCU e ao MP. Os senadores da oposição sabem que será difícil convocar Gabrielli e Lima uma segunda vez e, por isso, o acesso às informações pedidas será essencial, segundo eles, para que possam se cercar de argumentos durante a audiência da CPI em que serão ouvidos.


Petrobras fecha acordo com consórcio para obras no Comperj

Após negociações desde a semana passada sobre as obras de terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Petrobras informou que fechou nesta segunda-feira acordo com o consórcio CTC ( formado pelas construtoras Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Queiroz Galvão) para que as obras sejam retomadas com os cerca de 3,7 mil trabalhadores envolvidos no empreendimento.

"Com esta medida, a Petrobras garante a continuidade das obras até que um novo acordo seja firmado na busca de uma solução que atenda os interesses de ambas as partes", disse a estatal em comunicado.

A TENTATIVA DE ENQUADRAR A IMPRENSA E DE SILENCIAR OS REPÓRTERES. QUE ELES RESISTAM A UM CERCO INÉDITO EM PERÍODO DEMOCRÁTICO

BlogReinaldo Azevedo

Queridos,

Segue um texto longo, longo mesmo. Mas peço que vocês leiam porque se trata da exposição de um método. Demonstro o modo como o oficialismo está tentando calar a imprensa. Com ele, também presto uma homenagem aos repórteres que honram a sua profissão.*

Há um movimento organizado para desacreditar o jornalismo e intimidar os jornalistas, especialmente os repórteres. Não se trata de nenhuma teoria conspiratória, com personagens secretas a se mover nas sombras. Eu nunca lido com isso. Meus “fantasmas” sempre são de carne e osso. O comandante da operação é até bem conhecido. Chama-se Franklin Martins, ministro da Comunicação Social e responsável último tanto pela área de comunicação propriamente dita como pela distribuição da verba publicitária do governo e de estatais. A manifestação mais visível e virulenta dessa ação é o tal blog da Petrobras. Ele é o melhor exemplo do que pode ser descrito como um método.

Blogueiros a serviço do oficialismo se encarregam, depois, de tentar difamar na rede os veículos da grande imprensa. Muitos deles já passaram por jornais, TVs ou revistas importantes e usam esse passado como prova de autoridade.

Leia o comentário completo http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Memória da CPI: Inversão de valores

“Mais uma vez, o PT e o governo federal incorrem em inexplicável inversão de valores, quando se posicionam contra a investigação. Um governo comprometido com a honestidade deveria isto sim, atuar imediatamente na apuração destes casos, que infelizmente têm se tornado frequentes, objetos que são de operações da Polícia Federal, relatórios do Tribunal de Contas da União e denúncias por parte da imprensa”.

Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) defendendo a instalação da CPI, em pronunciamento no dia oito de julho de 2009.

Por CPI, Lula mantém aval a peemedebista

Folha de S. Paulo

Valdo Cruz
Maria Clara Cabral

Apesar de avaliar que a situação do senador José Sarney (PMDB-AP) ficou mais delicada nos últimos dias, o presidente Lula não pretende abandoná-lo por temer perder o apoio dos peemedebistas na CPI da Petrobras.

Lula, contudo, deve reduzir as manifestações públicas em defesa de Sarney e atuar mais nos bastidores a partir de agora. Segundo um assessor presidencial, seu chefe não quer dar motivos para que o PMDB no Senado tenha uma posição hostil aos interesses do governo.


Petrobras paga R$ 203 mi a empresa devedora da União

Folha de S. Paulo

Fernando Barros de Mello

Grupo Protemp já utilizou laranjas e teve incremento de 920% nos ganhos com a estatal

Empresa diz que questiona débitos na Justiça; contratos com a Petrobras foram por dispensa de licitação e pelo sistema de convite

A Petrobras pagou, de 2003 a junho deste ano, R$ 203,1 milhões a um grupo de empresas de terceirização de mão de obra de Santo André (Grande ABC) que já utilizou laranjas e tem uma dívida milionária cobrada pela União, entre débitos tributários e previdenciários.

As empresas possuem o mesmo nome -Protemp-, têm fundadores ou sócios em comum, apresentam o mesmo endereço e estão abrigadas no mesmo site da internet.
A própria Petrobras enviou à Folha, em um primeiro momento, os valores como se fossem repassados a uma só empresa. Só depois confirmou que eram três diferentes CNPJs.


Comissão quer Petrobrás em todas as áreas do pré-sal

Estado de S. Paulo

Pela atual proposta, a estatal teria participação garantida de pelo menos 10% em cada área

Kelly Lima

A Petrobrás poderá disputar áreas do pré-sal com outras empresas, mesmo na condição de única operadora desses blocos. A comissão interministerial que debate mudanças no marco regulatório do petróleo tem como ideia conceder à Petrobrás participação em todos os blocos do pré-sal.

O porcentual apresentado até o momento como garantia à estatal está em torno de 10%, mas ainda não há consenso sobre a fatia. Segundo uma fonte da empresa, há interesse em disputar até mesmo a integralidade de uma área.


domingo, 26 de julho de 2009

Em 2007, Geovane de Morais controlou R$ 31 milhões

O terceiro requerimento apresentado à secretaria da CPI da Petrobras pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pede a convocação do funcionário licenciado da estatal Geovane de Morais, bem como cópia integral do processo de sindicância interna, e seu relatório final, que resultou na recomendação de sua demissão por justa causa.

O requerimento do vice-líder do PSDB no Senado- e autor do documento que criou a CPI, tomou por base notícias divulgadas na mídia sobre duas empresas produtoras de vídeo que receberam R$ 4 bilhões da Petrobras em 2008, sem licitação, em projetos autorizados por Morais. O funcionário licenciado é ligado ao movimento sindical de químicos e petroleiros do estado da Bahia e era o gerente de Comunicação da Área de Abastecimento, com responsabilidade sobre o orçamento, em 2007, de R$ 31 milhões.

Superfaturamento de R$ 94 milhões

Indícios de superfaturamento na construção da Refinaria do Nordeste (Abreu e Lima), em Pernambuco, também são objeto de investigação pela CPI da Petrobras.

De acordo com o pedido encaminhado à secretaria da CPI, os negócios da Petrobras com plataformas e refinarias envolvem cifras bilionárias e vêm sendo alvo de denúncias de irregularidades por parte dos órgãos de controle, como o TCU. Em relatório aprovado no dia 8 de abril de 2008, o TCU estimou que o superfaturamento na construção da Refinaria Abreu e Lima tenha atingido R$ 94 milhões. A Refinaria está orçada em mais de R$ 10 bilhões.

R$ 190 milhões para 5 anos

Valdir Lima Carreiro e Laudezir Carvalho Azevedo, diretores da empresa Iesa Óleo e Gás, investigada na operação Águas Profundas, da Polícia Federal, devem prestar esclarecimentos à CPI da Petrobras. Ambos foram citados em requerimento encaminhado à secretaria da CPI.

Conforme o documento, a empresa Iesa- que é acusada de integrar esquema de fraudes em licitações da Petrobras, mantém um contrato milionário com a estatal, firmado após o surgimento das denúncias. A Iesa também ganhou a concorrência para a construção da plataforma P-63. Especializada em construção e reparo de plataformas, a empresa assinou em julho de 2008 um contrato de cinco anos no valor de R$ 190 milhões com a Petrobras, mesmo com seus diretores respondendo a processo criminal.

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