terça-feira, 29 de setembro de 2009

Senadores querem redefinir procedimentos na CPI que limitam investigações

Insatisfeitos com o rumo da CPI que investiga irregularidades na Petrobras, os senadores do PSDB, Sérgio Guerra e Alvaro Dias, querem a redefinição dos procedimentos claramente favoráveis ao governo Lula e cerceadores da liberdade de apuração dos ilícitos noticiados na estatal.

"Não há um pedido da oposição que seja atendido. Temos pedido a mudança de horário das sessões, que coincide com os trabalhos do plenário do Senado. Temos feito requerimentos para ouvir denunciados e detidos em operações da Polícia Federal. Mas não somos atendidos. A sociedade vai cobrar da CPI porque ela não consegue investigar as denúncias que envolvem a Petrobras", disse Alvaro Dias, autor do requerimento que criou a CPI.

O senador Sérgio Guerra obteve a garantia de uma reunião extra-pauta com o presidente e o relator da CPI, senadores João Pedro (PT-AM) e Romero Jucá (PMDB-RR) a ser realizada amanhã (30). "Precisamos rever os procedimentos da CPI. Precisamos de uma nova prática", afirmou o senador.

A sessão de hoje da CPI foi transferida para a próxima terça (6). Não puderam estar presentes à sessão o delegado da Polícia Federal, Claudio Nogueira e o procurador Carlos Alberto de Aguiar. Os dois falariam sobre a Operação Águas Profundas que desarticulou quadrilhas que fraudavam licitações da Petrobras.

O esquema envolvia funcionários da estatal e empresários doadores para a campanha do PT de 2006. A pauta da próxima sessão prevê ainda o depoimento do engenheiro de petróleo sênior, Ilton José Rosseto Filho, funcionário da Petrobras na época da Operação realizada pela PF.