terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pini não assegura inexistência de irregularidade na Abreu e Lima

O diretor de Relações Institucionais da Pini Serviços de Engenharia, Mario Sérgio Pini, ao dizer que não houve ocorrência de sobrepreço na refinaria Abreu e Lima fez uma ressalva: a de que isso não ocorre desde que o volume de quantitativo executado não sofra variações.

Em outras palavras, ele quis dizer que a existência de sobrepreço está ligada à variação do quantitativo. Como a Pini analisou os preços na origem, ou seja, no momento da licitação, ela não pôde verificar a ocorrência da variação que aconteceu no decorrer da obra.

Mario Sergio Pini prestou depoimento nesta terça na CPI da Petrobras. A empresa foi contratada pela Petrobras para fazer uma estimativa de custos com a obra de terraplenagem depois que o TCU apontou indícios de irregularidades nos contratos com o consórcio encarregado pela execução do serviço.

Em seu depoimento, o diretor da Pini afirmou que não poderia afirmar que não houve superfaturamento. "O que concluímos é que não houve sobrepreço na origem. Ele não existe desde que não tenha havido uma alteração muito grande nos quantitativos contratados", disse ele. Sobrepreço acontece que quando o valor contratato está acima dos valores de mercado. De acordo com a flutuação da quantidade contratada, ele pode ocorrer, conforme constatou relatório do TCU.

Segundo a auditoria realizada na obra em 2008, houve sobrepreço nos serviços de drenagem de areia de 321% acima do mercado e nos de drenagem fibro-química, de 48% acima dos valores praticados no mercado.