terça-feira, 1 de setembro de 2009

Irregularidade na refinaria em PE "é incontroversa", diz TCU

Os auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) que depuseram na sessão de hoje na CPI da Petrobras disseram que as irregularidades na obra da refinaria Abreu e Lima em Ipojuca (PE) são "incontroversas" pois a própria Petrobras admitiu superfaturamento e sobrepreço na contratação do consórcio que executa as obras em fase de terraplanagem.

O auditor André Delgado de Souza disse que a renegociação dos preços das drenagens de areia e fibro-química feita pela estatal é o reconhecimento da irregularidade. A renegociação levou a estatal a economizar R$ 64 milhões nos serviços contratados, disse ele.

O sobrepreço na execução da drenagem de areia foi de 321% e de 48% nos drenos fibro-químicos. Isso significa que a estatal pagou valores maiores do que os preços de mercado encontrados pelo TCU. A diferença entre a quantidade de serviços de drenagem de areia previstos no contrato daqueles que acabaram executados excedeu em 1.200% e 1.378% no caso da drenagem fibro-química, apontou relatório do TCU.

O auditor também demonstrou que neste caso não houve controvérsia quanto à metologia usada para prever os custos da obra pois a Petrobras utilizou como referência a tabela do sistema de custos do Dnit, o mesmo usado pelo TCU em suas análises.

Veja aqui o slide apresentado pelos auditores do TCU na sessão desta terça na CPI da Petrobras.