segunda-feira, 20 de julho de 2009

A estratégia da oposição na CPI

Informe JB

Vasconcelo Quadros

O procurador Roberto Gurgel concordou com o pedido da oposição e deve designar uma equipe de procuradores para, se for o caso, abrir inquérito a cada denúncia consistente que surgir durante a CPI da Petrobras. Ela começa a funcionar no próximo dia 6. Normalmente, o MPF só investiga depois que a CPI é concluída. A estratégia tem a finalidade de combater a manobra do grupo governista, que quer uma investigação chapa branca e rápida. Se depender do presidente da CPI, João Pedro (PT-AM), e do relator, Romero Jucá (PMDB-AM), o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, será o primeiro a prestar depoimento - o que quebraria a lógica de qualquer investigação e tornaria a CPI natimorta.

Apurar primeiro

"Caso os dirigentes sejam convocados no início, não teremos elementos para questioná-los", reclama o tucano Álvaro Dias (foto). A oposição quer esgotar as suspeitas em torno da Refinaria Abreu de Lima, os contratos aditivos das obras de plataformas em alto mar, os gastos e destino da verba de patrocínios e a suposta intermediação no esquema de royalties.